sábado, 24 de novembro de 2012

O Diário de Jack, o Estripador



Acho que já perceberam que eu, Curious Girl, gosto de livros com assuntos diferentes e que também amo  investigações difíceis de serem resolvidas. Quando vi esse livro para vender, eu  senti muita vontade de lê-lo. É claro que tiveram pessoas que me falaram "Que desperdício de dinheiro comprando isso!", "Credo! Ele existiu?" e outras coisas que me faziam ter muita vontade de bater na cara.

Dentre os serial killers mais famosos, existe um em especial que ficou mundialmente conhecido: Jack, o Estripador. Um assassino da era vitoriana que se passava por cliente para atrair prostitutas e depois assassiná-las de forma brutal; não bastando, a figura provocava às autoridades enviando cartas e deixando pistas propositais nos locais do crime. A especulação por trás dos suspeitos pelos 5 (e mais alguns menos conhecidos) assassinatos atribuídos à “Jack” não é pequena (basta uma pesquisa rápida no Google para ver mais de 25 nomes, a maioria homens, investigados tanto na época, quanto levantados anos após os assassinatos), embora tenham ocorrido no ano de 1888, nos arredores de Whitechapel.

Shirley Harrison não tenta convencer o leitor a crer na culpa de Maybrick ou na autenticidade do diário, ela vai além e nos mostra o material que coletou durante os anos de extensa pesquisa em que esteve envolvida para esta publicação (contando com as edições anteriores até chegar a esta revisada, contendo materiais que complementaram seu estudo). Como base de sua teoria quanto ao diário ser verdadeiro em todos os aspectos, Harrison teve o cuidado de remontar toda a história por trás do diário, mesclando datas e endereços (confirmadas por documentos, jornais e outros registros), trechos de relatórios que obteve, sem esquecer das importantes reconstituições que fez sobre a vida, família e os passos identificáveis de Maybrick.

É uma leitura bastante simplificada apesar de científica, sem se preocupar muito com a linguagem técnica; envolve o leitor de forma profunda, do início à última página, e sem perceber, no decorrer já temos certeza de que Jack é mesmo James Maybrick. No último capítulo, constam mapas marcados com os locais frequentados por Maybrick e pelo Estripador, fotografias e um fac-símile com transcrição traduzida do conteúdo original do diário.
Tenho certeza absoluta que não gastei dinheiro a toa, por mim valeu muito a pena comprar o livro. Eu recomendo para todos vocês, que leêm o blog, porque é uma leitura de algo que existiu e ainda existe um tanto de realidade no que conta. 

By: Curious Girl